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Quarta edição do Cinefoot começa nesta quinta-feira

Quarta edição do Cinefoot começa nesta quinta-feira

Detalhe da camisa de Sócrates mostrada no filme ‘Os rebeldes do futebol’, que será exibido no Cinefoot / Divulgação

Publicado originalmente no jornal O Globo em 

RIO – Os cariocas apaixonados por futebol, a partir da noite desta quinta-feira, poderão trocar as arquibancadas dos estádios pelas poltronas das salas de cinema. A quarta edição do Cinefoot, cujo apito inicial será dado às 20h30m, promete repetir o alto nível técnico apresentado nas últimas temporadas.

O festival de filmes sobre futebol, que vai até o dia 28, exibirá 33 produções, 13 delas estrangeiras. Ao todo, são 13 longas e 20 curtas. Além do Espaço Itaú de Cinema, que sediará a sessão de abertura, Centro Cultural da Justiça Federal, no Centro, Ponto Cine, em Guadalupe e Cinemão, em Manguinhos e na Cidade de Deus, também fazem parte do festival.

A noite de abertura, gratuita como todas as sessões do Cinefoot, ira exibir “Os rebeldes do futebol”, longa de 2012 dos diretores Gilles Perez e Gilles Rof. Nele, o ex-craque francês Eric Cantona conta a história de jogadores que transcenderam o papel de jogadores de futebol para sustentar posições políticas.

O brasileiro Sócrates, mentor da famosa democracia corintiana, é um dos cinco personagens. Além dele, o chileno Carlos Caszely, o marfinense Didier Drogba, o argelino Rachid Mekhloufi e o bósnio Predrag Pasic são retratados pela produção.

Depois do longa-metragem, os espectadores poderão assistir ao curta “Geral”, de Anna Azevedo. O filme documentou os últimos momentos da famosa geral do Maracanã, setor popular que foi extinto do estádio na reforma para o Pan de 2007.

– Os dois filmes, de certa forma, são um cartão de visitas do festival. “Os rebeldes do futebol” trata de um assunto que é o mote dessa edição: “futebol é mais que um jogo”. Enxergamos o esporte além das questões de dentro das quatro linhas. Nós encaramos o futebol como elemento social, cultural, de transformação da sociedade – diz Antonio Leal, fundador do Cinefoot.

Ao contrário do tradicional esporte bretão, no festival, a torcida é quem decide o jogo. Tanto na competição de curtas quanto na de longas, o público é o responsável por definir os campeões, votando em células distribuídas pela organização. O cineasta vencedor leva para casa a Taça Cinefoot, um troféu parecidíssimo com aqueles concedidos aos que sobem ao pódio nos gramados. Como em anos anteriores, o festival também terá sua edição paulista, que vai de 6 a 11 de junho.

A novidade de 2013 é que o festival fará um giro pelo país. Aproveitando a realização da Copa das Confederações, o Cinefoot irá realizar um circuito especial nas cidades sedes da competição. Apoiado por uma marca de material esportivo, passará por Brasília, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte, Salvador e Rio de Janeiro de 15 a 30 de junho. Nessas cidades, a exibição não será competitiva. Além dos filmes exibidos na mostra regular, a intenção é exibir produções locais.

– Em cada cidade sede, vamos tentar privilegiar a cinematografia local, caso ela exista. Em Recife, já conseguimos dois filmes sobre futebol feitos por cineastas da cidade. Vamos sempre procurar casar a presença local. Afinal, é a hora de os cineastas “jogarem em casa”. Essa vitrine estimula o surgimento de novos filmes – afirma Leal.

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