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MOSTRA CINEFOOT NO CANAL BRASIL EXIBE 25 FILMES NA SEGUNDA TEMPORADA

MOSTRA CINEFOOT NO CANAL BRASIL EXIBE 25 FILMES NA SEGUNDA TEMPORADA

Depois do sucesso em 2016, a “Mostra CINEfoot” entra em campo para a segunda temporada com apresentação do craque Raí, no Canal Brasil.

Os filmes abordam temas voltados para o futebol dentro das quatro linhas e também outros olhares que cercam a maior paixão esportiva do brasileiro.

A Mostra acontece durante 13 semanas, desde 5 de outubro até 28 de dezembro.

Para Antonio Leal, diretor do festival e curador da Mostra CINEfoot no Canal Brasil, os filmes apresentam temas bem variados e destacam a renovação do cinema brasileiro voltado para futebol:

– Essa seleção é muito especial e representativa de vários recortes da cinematografia brasileira sobre essa temática. A programação conta com filmes de várias safras, produções que retratam personagens de grande importância para o futebol e algumas incursões também no campo da ficção – resumiu Antonio.

Entre as 25 obras selecionadas estão curtas, médias e longas-metragens como “João Saldanha”, “Três no Tri”, “Dossiê 50: Comício a Favor dos Náufragos”, “Rivellino”, “Maracanã — Templo das Emoções”, “Geral”, “Os Boias-Frias do Futebol”, “A Incrível Volta ao Mundo do Tricolor Suburbano”, “Unido Vencerás 2 — Uma História Diferente”, “Juventus Rumo a Tóquio”, “Copa União”, “Heleno” e “Barba, Cabelo & Bigode”.

A parceria CINEfoot e Canal Brasil também foi destacada por Antonio, que ressaltou a importância da valorização dos filmes brasileiros de futebol com a exibição no principal canal de TV sobre o cinema brasileiro.

– A realização da Mostra CINEfoot no Canal Brasil amplia de maneira intensa o número de fãs de filmes sobre futebol, fazendo com que esse tipo de filme seja mais admirado e prestigiado, completou o idealizador do primeiro festival de cinema de futebol do Brasil e da América Latina.

Confira a programação da Mostra CINEfoot no Canal Brasil.

“JOÃO SALDANHA” (2011) (94’)

Horário: Quinta-feira, dia 5/10, às 19h. Reprise: Terça, dia 10/10, às 13h30.

Classificação: Livre

Direção: André Iki Siqueira e Beto Macedo

Sinopse: Os diretores reconstroem a trajetória de um personagem polêmico e marcante do Brasil no século 20: o jornalista, treinador de futebol e comentarista esportivo João Saldanha. Em comum aos cargos exercidos, estão a paixão e a ideologia das quais não abria mão em qualquer circunstância. Gaúcho de nascimento, testemunhou quando menino as disputas políticas no Rio Grande do Sul e viveu o ambiente doméstico de militância de seus familiares. Ao se mudar para o Rio de Janeiro nos anos 30, viu as transformações da então capital federal e se identificou plenamente. Nas areias da praia de Copacabana, fez amigos, conquistou mulheres e jogou ao lado de Heleno de Freitas e do mitológico Neném Prancha.

O Botafogo sempre foi sua maior paixão. Foi dirigente e técnico do clube, comandando um time para lá de vitorioso cujos craques Garrincha e Nilton Santos fazem parte da história do futebol mundial. Combativo, audacioso e sempre ligado aos ideais da esquerda, viveu o conflito de aceitar montar a seleção brasileira que viria a ser campeã mundial na Copa de 1970 e ter de aceitar os “pitacos” do general Emílio Garrastazu Médici em sua escalação. Se recusou e acabou sendo substituído por Zagallo. Corajoso ao não contemporizar mesmo diante da cúpula militar entranhada em todos os setores, deixou a carreira de treinador e passou a comentarista de televisão. Com seu jeito durão, acabou por ser o pioneiro da informalidade da crônica esportiva.

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“TRÊS NO TRI” (2011) (15’)

Classificação: Livre

Direção: Eduardo Souza Lima

Sinopse: México, 1970. Pelé faz o gol da virada contra a Tchecoslováquia e garante a vitória que levaria o Brasil rumo ao tricampeonato. Junto a outras centenas de fotógrafos, Orlando Abrunhosa registra o momento e imortaliza o feito em uma das fotos mais reproduzida mundo afora. O documentário entrevista o autor da emblemática imagem futebolística, desvendando os bastidores do dia que marcou para sempre sua carreira e a trajetória da seleção brasileira. Abrunhosa relembra a história e repercussão da sua fotografia na mídia, fala sobre a polêmica dos direitos de imagem e revela quais são seus maiores sonhos.

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“DOSSIÊ 50 — COMÍCIO A FAVOR DOS NÁUFRAGOS” (2013) (80′)

Horário: Quinta-feira, dia 12/10, às 19h. Reprise: Terça, dia 17/10, às 13h30.

Classificação: Livre

Direção: Geneton Moraes Neto

Sinopse: Fruto de uma grande reportagem de Geneton Moraes Neto (TV Globo e Globonews), o filme é uma chance rara de ouvir todos os 11 titulares que disputaram no gramado do Maracanã, no dia 16 de julho de 1950, o jogo mais dramático da história da seleção brasileira: a decisão da Copa do Mundo contra o Uruguai, diante da maior plateia até hoje reunida num estádio. Durante anos, essa geração de craques sofreu carregando o estigma de traidores simplesmente porque não venceram a partida. A íntegra das conversas deu origem ao livro homônimo, também de Geneton.

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“RIVELLINO” (2011) (16’)

Classificação: 14 anos

Direção: Marcos Fábio Katudjian

Sinopse: Em uma mistura de suspense e comédia, o curta-metragem estrelado por Djair Guilherme e Eduardo Semerjian conquistou o prêmio especial do júri no Festival de Cinema de Gramado em 2012. O filme narra o reencontro de um ex-presidiário com o promotor que lhe botou na cadeia, dentro de um ônibus intermunicipal. Na busca por vingança, tomado por fúria e ressentimento, ele jura o advogado de morte, mas suas más intenções são frustradas quando o ex-jogador Rivellino, de quem ambos são fãs, entra no mesmo ônibus dos protagonistas. A partir daí o que poderia ter um fim trágico, torna-se uma lembrança dos melhores momentos do “Patada Atômica” em campo.

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 “MARACANÃ – TEMPLO DAS EMOÇÕES” (2013) (90’)

Horário: Quinta-feira, dia 19/10, às 19h. Reprise: Terça, dia 24/10, às 13h30.

Classificação: Livre

Direção: Gerhard Schick

Sinopse: Numa coprodução entre Brasil e Alemanha, o documentário narra a história do grande templo do futebol mundial – o estádio do Maracanã. Protagonista de tantos momentos emblemáticos e caldeirão de emoções coletivas, muitos o consideram um lugar sagrado. Sua construção teve início em agosto de 1948 para receber a Copa dois anos depois, a primeira após a Segunda Guerra. O “Maior do Mundo”, como foi apelidado, tinha um significado simbólico – era a revelação do país para a comunidade internacional. O sonho transformou-se em pesadelo quando o improvável aconteceu: o Brasil perdeu para o Uruguai na final e um assombroso silêncio tomou conta do local. A película traz uma entrevista com o artilheiro uruguaio Alcides Edgardo Ghiggia, autor do gol do título e o único jogador daquela partida ainda vivo, além da viúva do arqueiro Barbosa, considerado o “culpado”.

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“GERAL” (2010) (15’)

Classificação: 12 anos

Inédito e exclusivo

Direção: Anna Azevedo

Sinopse: Com uma carreira de sucesso em festivais, o documentário ganhou destaque e garantiu vitória em diferentes categorias no Festival Internacional de Cinema Feminino, Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, Cine PE e Festival Internacional de Documentários do Irã. Tendo o Maracanã como cenário da obra, o documentário mostra a importância da Geral, área mais popular do estádio, para os torcedores cariocas. Filmado nos cinco últimos jogos que precederam o fim do icônico setor, o curta acompanha a paixão dos torcedores, conhecidos como geraldinos, pelo lugar. Em um espetáculo recheado de alegria, tensão, êxtase e fúria, os frequentadores relembram histórias vividas ali e compartilham suas emoções em imagens inesquecíveis.

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“OS BOIAS-FRIAS DO FUTEBOL” (2015) (15’)

Horário: Quinta-feira, dia 26 de outubro, às 19h. Reprise: Terça, dia 31/10, às 13h30.

Classificação: Livre

Direção: Luciano Pérez Fernández

Sinopse: Vencedor do prêmio de melhor curta do Cinefoot em 2015, a obra também garantiu o título de melhor curta e melhor curta-metragem estrangeiro no Football Film Festival da Austrália. Promessas não cumpridas, jornadas duplas de trabalho, faltam de estrutura, contratos fictícios e um curto calendário anual. Essa é a dura realidade de aproximadamente 12 mil atletas das divisões de base do futebol brasileiro.  Produzido para o canal Futura, o documentário mostra a realidade de um esporte tão popular, que foi esquecida atrás do holofote dos clubes milionários. Filmado durante a Copa de 2014, o curta revela os sonhos e incertezas vividos por dois jogadores da série C do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro.

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“A INCRÍVEL VOLTA AO MUNDO DO TRICOLOR SUBURBANO” (2013) (24’)

Classificação: Livre

Direção: Felipe Nepomuceno e Pedro Von Krüger

Sinopse: No ano de 1961, o empresário português José da Gama, então presidente do Madureira Esporte Clube, iniciou uma excursão com o time por diversos países. O curta é produzido a partir das memórias dos ex-jogadores que participaram dessa “volta pelo mundo”. Eles enfrentaram algumas equipes no Japão, Irã, Bélgica, Colômbia, Estados Unidos, Itália, Costa Rica e na antiga União Soviética, em tempos de Guerra Fria. Ainda na aventura, passaram por Cuba, onde encontraram Che Guevara, e pela China, então sob o regime comunista, sendo o primeiro representante das Américas a jogar por lá.

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“UNIDO VENCERÁS 2 — UMA HISTÓRIA DIFERENTE” (2006) (10’)

Classificação: 12 anos

Direção: Pedro Asbeg

Sinopse: Dando continuidade ao tema, Pedro Asbeg revela a felicidade dos torcedores do América a poucos minutos do time disputar a final da Taça Guanabara de 2006, contra o Botafogo, 24 anos após a conquista do último título do clube. Ocupando boa parte do anel superior das arquibancadas do Maracanã, os americanos saem na frente, mas sofrem uma virada. Apesar disso, o cineasta embarca na fantasia e proporciona um final alternativo para a partida.

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“JUVENTUS RUMO A TÓQUIO” (2009) (16’)

Classificação: Livre

Direção: Andréa Kurachi, Helena Tahira e Rogério Zagallo

Sinopse: Nascido no tradicional bairro paulista da Mooca, o Juventus disputou, em novembro de 2007, uma partida decisiva contra o Linense (clube vindo da cidade de Lins, também em São Paulo), na final da Copa Federação Paulista daquele ano. O curta acompanha o jogo que daria ao campeão o direito de disputar a Copa Brasil daquele ano e mostra a emoção dos torcedores numa partida eletrizante e cheia de surpresas.

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“COPA UNIÃO” (2012) (101’)

Horário: Quinta, dia 02/11, às 19h. Reprise: Terça, dia 07/11, às 13h30.

Classificação: Livre

Direção: Raphael Viera e Diogo Dahl

Sinopse: O ano de 1987 foi bastante conturbado em inúmeros aspectos: inflação galopante e política instável são alguns dos mais comentados. No entanto, poucos assuntos geram tanta controvérsia quanto a Copa União, considerada a competição de futebol mais polêmica de todos os tempos no Brasil. Para contar essa história, Raphael Viera e Diogo Dahl reúnem imagens de arquivo – especialmente os jogos e gols do Flamengo – e depoimentos de jornalistas, jogadores, dirigentes e personalidades que de alguma maneira estão relacionadas ao tema.

O Campeonato Brasileiro de 1987 foi organizado pelo Clube dos 13, formado pelos principais times do país: Atlético Mineiro, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco da Gama, além dos convidados Coritiba, Goiás e Santa Cruz. Todos estavam no Módulo Verde – equivalente à Primeira Divisão. A confusão começou quando a CBF voltou atrás e decidiu regular a competição. Pelas novas regras, haveria a necessidade do cruzamento dos Módulos Verde e Amarelo (correspondente à Segunda Divisão). O Flamengo sagrou-se vencedor do Módulo Verde, e o Sport declarado vitorioso no Módulo Amarelo. Sustentando o argumento de que o regulamento foi alterado após o começo do torneio, o rubro-negro carioca e o vice-campeão Internacional se recusaram a participar do quadrangular final. Sport e Guarani jogaram e o “Leão da Ilha” levou a melhor, sendo considerado pela CBF o campeão. Graças a todos esses fatores, muitas questões ainda permeiam a Copa União, alimentando apaixonadas e acaloradas discussões.

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“O SONHO DE SER CAMISA 10” (2013) (4’)

Classificação: Livre

Direção: Pedro Von Krüger

Sinopse: O curta retrata o anseio de incontáveis garotos brasileiros: ser o camisa 10 do seu clube do coração. O título traz como pano de fundo a idolatria ao Flamengo, a mística em torno da vestimenta e o sentimento de utilizá-la segundo o ídolo Zico, que tinha como inspiração um outro jogador, o alagoano Dida. Escrito e dirigido por Pedro Von Krüger, a obra aborda de forma apaixonada a magia que ronda o manto do time de maior torcida do Brasil. Em 2014, o filme foi selecionado para o Festival Cinefoot.

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“AMAZONAS – O JOGO DA BOLA” (2015) (85’)

Horário: Quinta, dia 09/11, às 19h. Reprise: Terça, dia 14/11, às 13h30.

Classificação: Livre

Direção: Chicão Fill

Sinopse: O futebol é, sem dúvida, a maior paixão do brasileiro. Sua representatividade, no entanto, é bastante distinta no território nacional. Exceto eventuais participações nas principais ligas do país de clubes paraenses como Paysandu e Remo, raras são as presenças de agremiações de estados da Região Norte nos torneios mais competitivos. Longe do foco de Sul e Sudeste, que dominam o velho e violento esporte bretão com seus craques e investimentos grandiosos, o Amazonas abriga uma torcida fanática e guarda muitas histórias sobre o nascimento do esporte no Brasil. O documentário de estreia de Chicão Fill recupera e apresenta a tradição amazonense de fazer arte com a bola nos pés.

O filme convida intelectuais locais para resgatar a história do esporte no estado. Os entrevistados relembram o primeiro jogo de que se tem relato no país, no século 18, e a importância da produção da borracha como matéria-prima das bolas, até então feitas com trapos, material precário para a realização de uma partida. O documentário aponta a influência da imigração inglesa na região, com concessionárias contratadas para tocar obras de hidrelétricas, infraestrutura e transporte público, para o início da profissionalização do futebol, até então jogado sem regras claras por tribos indígenas. Além disso, os historiadores lembram a criação dos primeiros clubes sociais de Manaus, formados por imigrantes e brasileiros recém-chegados da Europa, e alegam que a capital do estado foi pioneira na promoção de competições. Com um riquíssimo material de acervo de fotos e vídeos, o filme mostra os primórdios da profissionalização do esporte na região e a criação de times como Fast, Rio Negro e Nacional.

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“ZAHY – UMA FÁBULA SOBRE O MARACANÔ (2012) (6’)

Classificação: Livre

Direção: Felipe Bragança

Sinopse: Zahy Guajajara, de 23 anos, é uma das líderes de uma aldeia localizada ao lado do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Criada em 2006, o conglomerado ocupava a área do antigo Museu do Índio. O filme faz uma crítica ao governo pelo projeto de construção de um shopping no lugar, reivindicado pelas etnias que ali residiram para abrigar a primeira Universidade Indígena do Brasil. No vídeo, a pajé e contadora de histórias Zahy lança um novo olhar sobre o espaço onde viveu e resistiu. A protagonista do curta dirigido por Felipe Bragança também ajudou no roteiro da produção.

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“CONVERSA COM JH” (2013) (94’)

Horário: Quinta, dia 16/11, às 19h. Reprise: Terça, dia 21/11, às 13h30.

Classificação: Livre

Direção: Ernesto Rodrigues

Sinopse: Um homem de personalidade forte e polêmico, capaz de provocar as mais diferentes emoções. Assim é João Havelange, primeiro e único brasileiro a presidir a FIFA, órgão máximo do futebol, por mais de 20 anos. Ernesto Rodrigues, autor do livro Jogo Duro – A História de João Havelange, reuniu trechos de 25 horas de gravação e 150 entrevistas para a coprodução entre Canal Brasil e Bizum Comunicação. Em 2005, Ernesto assinou um contrato com Havelange para escrever uma obra sobre sua carreira, as decisões e atitudes importantes que tomou, os momentos históricos, as controvérsias acumuladas no Brasil e no exterior, as vitórias e derrotas, os amigos e desafetos, além de muitos outros assuntos. Pouco mais de dois anos depois do primeiro contato, o texto final estava pronto. O jornalista, então, cumpriu a promessa de enviar o conteúdo a Havelange, trazendo consequências inesperadas: ele não só desautorizou o resultado, como levantou a possibilidade de uma ação judicial.

Correndo o risco de perder todo o trabalho já realizado, Ernesto fez uma proposta: gostaria de ler em conjunto os trechos mais polêmicos, o que foi aceito por Havelange. A partir daí, iniciou-se uma surpreendente e acirrada batalha entre biógrafo e biografado, num mergulho inédito a respeito das fronteiras éticas, psicológicas e profissionais envolvidas. Os 12 encontros de leitura foram integralmente captados num gravador de voz digital. O longa-metragem exibe o momento em que Ernesto mostra os registros das reuniões aos jornalistas Geneton Moraes Neto, George Moura e Ricardo Pereira. Entrecortando as audições – as reações vão de risadas a rostos de perplexidade –, estão depoimentos de craques como Pelé e Franz Beckenbauer; do ex-secretário-geral e atual presidente da FIFA Joseph Blatter; da secretária Irene; da esposa Anna Maria; do técnico Parreira e de mais de 20 correspondentes internacionais.

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“A CULPA É DO NEYMAR” (2015) (11’)

Classificação: Livre

Direção: João Ademir

Sinopse: Diz a tradição futebolística que os filhos devem seguir o time de coração dos pais. Quando se trata de um torcedor fanático, essa regra parece ser inviolável e com risco de punição severa. Estrelado por Babu Santana, Kaiky Gonzaga e Dani Ornellas, o filme de João Ademir é uma grande brincadeira com os famosos revanchismos entre as agremiações brasileiras.

Premiada como melhor filme infantil no Vitória Cine Vídeo, a película mostra a dificuldade de um pai fanático pelo Botafogo em ver a pouca empolgação do filho com o time de General Severiano. Jair (Babu Santana) é absolutamente obcecado pela estrela solitária. Sua casa tem escudos do clube por todos os lados, e até o nome de seu filho, Túlio (Kaiky Gonzaga), foi escolhido como homenagem a um dos maiores artilheiros da história do time. A fase atual da equipe, no entanto, não empolga o menino, e a presença de Neymar no Santos atrai sua torcida para o clube paulista. Com muita dificuldade, o homem, também batizado em referência a um atleta que fez história com a camisa alvinegra, vai precisar dosar sua obsessão e aceitar as escolhas próprias da criança.

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“MILLER & FRIED – AS ORIGENS DO PAÍS DO FUTEBOL” (2016) (72’)

Horário: Quinta, dia 23/11, às 19h. Reprise: Terça, dia 28/11, às 13h30.

Classificação: Livre

Direção: Luiz Ferraz

Sinopse: O futebol é uma das maiores paixões nacionais. É fácil perceber por todo o país, seja nos gramados ou nos campos de barro, nos grandes estádios ou nas várzeas de poeira e terra batida, o amor pelas quatro linhas e pela rede estufada seguida pelos gritos de gol. Dois grandes nomes fizeram as vezes de cupido para unir esse casal de atração flamejante: os paulistanos Charles Miller, considerado o pai do esporte por aqui, e Arthur Friedenreich, tido como o primeiro grande craque com a bola nos pés. O cineasta Luiz Ferraz remonta a trajetória do desporto no Brasil a partir da biografia dessas duas personalidades fundamentais, mostrando como as sementes plantadas por eles há mais de 100 anos são colhidas até o presente.

O documentário demonstra como o momento histórico vivido pelo Brasil nas últimas décadas do século 19 foi favorável para o surgimento e a massificação do desporto. Três relatos funcionam como o fio condutor do roteiro, e cada depoimento é complementado por imagens raras dos primórdios do futebol no Brasil. Carlos Miller Junior resgata detalhes da memória do avô e da família, desembarcada no país em meados do século 19 para a construção de uma estrada de ferro. John Mills e Luiz Carlos Duarte, biógrafos de Charles Miller e Arthur Friedenreich, respectivamente, trazem detalhes precisos sobre as recordações de suas vidas, passando por aspectos familiares, profissionais e esportivos, desmistificando lendas sobre as carreiras deles. Apesar de descendentes de estrangeiros, suas trajetórias são diferentes e foram traçadas em momentos distintos da modalidade no país. O primeiro foi responsável pela semente do esporte, enquanto o segundo foi um dos primeiros frutos colhidos dessa semeadura

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“BOLA PARA SEU DANAU” (2015) (06’)

Classificação: Livre

Direção: Eduardo de Souza Lima

Sinopse: Charles Miller é considerado o pai do futebol no Brasil. No entanto, há quem duvide da verdadeira paternidade do esporte e considere que os gramados trazem em seu DNA a carga genética do escocês Thomas Donohoe. O filme de Eduardo Souza Lima conta como esse europeu de Busby, recém-chegado à zona oeste do Rio de Janeiro para trabalhar em uma fábrica de tecidos, teria sido o pioneiro do velho e violento esporte bretão em terras tupiniquins. Depoimentos e encenações de seus passos por aqui defendem a tesa de que o futebol não existiria não fosse por essa figura peculiar do fim do século 19.

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“MUNDIALITO” (2010) (72’)

Horário: Quinta, dia 30/11, às 19h. Reprise: Terça, dia 05/12, às 13h30.

Classificação: Livre

Direção: Sebástian Bednarik

Sinopse: Bednarik investiga as relações entre poder e esporte na concepção da Copa de Ouro, realizada no Uruguai. A competição – transcorrida durante a ditadura e utilizada para fortalecer a imagem dos militares junto à população – reuniu os grandes campeões do mundo, numa celebração que acabou superando quaisquer conotações políticas a ela atribuídas. Em 2010, o longa foi selecionado para o Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano.

Montevidéu, dezembro de 1980. Em um país com liberdades cerceadas, surge a possibilidade de reunir em campo as nações detentoras da taça mais desejada do futebol. Fruto da ideia do então presidente da FIFA João Havelange, o torneio comemorou os 50 anos da realização da primeira Copa do Mundo – vencida, em casa, pela celeste olímpica – e contou com a participação de Brasil, Argentina, Alemanha e Holanda (em substituição à Inglaterra, que declinou do convite), além dos anfitriões. As lentes de Bednarik captam diversos depoimentos, dentre eles, os dos protagonistas de um dos últimos grandes títulos dos “charruas”, como Hugo De León, Waldemar Victorino, Rodolfo Rodríguez e Rubén Paz, além dos brasileiros Sócrates e João Havelange. Entrecortando as entrevistas, estão raras imagens de arquivo com gols marcantes e vídeos das comemorações.

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“TAPETE VERDE” (2013) (15’)

Classificação: Livre

Direção: Angelo Martins

Sinopse: O diretor Angelo Martins buscou inspiração na letra de É uma Partida de Futebol, do grupo mineiro Skank, para produzir este documentário sobre meninos e meninas que sonham em calçar as chuteiras e vestir a camisa de um grande time do velho e violento esporte bretão. O curta-metragem traz depoimentos de aspirantes a jogadores e de seus pais durante as famosas peneiras, treinos de teste onde os futuros craques dos gramados são escolhidos. Cada entrevista mostra os desejos, as esperanças e um pouco do cotidiano de quem pode, em breve, arrancar gritos de gol da torcida.

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“HELENO” (2011) (116’)

Horário: Quinta, dia 07/12, às 19h. Reprise: Terça, dia 12/12, às 13h30.

Classificação: 12 anos

Direção: José Henrique Fonseca

Sinopse: Heleno de Freitas foi uma das figuras mais controversas a encantar os gramados do país. O craque do Botafogo e do Boca Juniors, da Argentina, era um goleador nato, aquele tipo de atacante capaz de aterrorizar qualquer zagueiro. Seu talento entre as quatro linhas, no entanto, era diretamente proporcional aos seus problemas de comportamento. Mulherengo, beberrão e fumante compulsivo, o atleta era sinônimo de aborrecimento para colegas, treinadores e cartolas. O cineasta José Henrique Fonseca recuperou a história desse artilheiro carioca da década de 1940 nesta ficção eleita como melhor fotografia, direção de arte, figurino e maquiagem no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. A obra é estrelada por Rodrigo Santoro – escolhido como melhor ator nos festivais de Cartagena (Colômbia) e Lima (Peru) –, Alinne Moraes e Othon Bastos.

Inspirada no livro Nunca Houve um Homem como Heleno, de Marcos Eduardo Novaes, a película resgata a memória de Heleno (Rodrigo Santoro), futebolista que fez história carregando a estrela solitária no peito. Filmado integralmente em preto e branco, o filme utiliza um roteiro não-linear para narrar os acontecimentos da breve trajetória do jogador, encurtada precocemente por complicações geradas por sífilis. Dessa forma, a direção alterna entre os momentos de glória no campo, os belos tentos marcados durante a carreira, as muitas mulheres com quem se relacionou ao longo dos anos, as constantes bebedeiras e os muitos cigarros acesos – sempre dois por vez –, o casamento falido com Sílvia (Alinne Moraes), o período vivido na Argentina, quando vestiu o azul e amarelo do Boca Juniors, e o fim de sua trajetória, já com problemas psiquiátricos, acolhido em uma casa de repouso para pacientes reclusos

Heleno era um homem passional em todos os âmbitos de seu comportamento. Seu faro pelo gol era infalível, mas o relacionamento com os companheiros de clube era péssimo. O atacante não aceitava a derrota, e culpava frequentemente os colegas de time pelos fracassos. Em total discordância com o estilo de vida de um atleta, evitava ao máximo os treinos e dispensava hábitos saudáveis. O jogador era ídolo da torcida alvinegra e tinha plena noção de sua importância para as arquibancadas, e sua autoconfiança ultrapassava o limite da segurança, alcançando ares de soberba. Possuía a mesma habilidade com a bola no pé e no trato com as moças, colecionando casos passageiros com belas mulheres. Entre idas e vindas, o espectador é apresentado a todas essas facetas desse genial ícone botafoguense.

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“PAPÃO DE 54” (2005) (65’)

Horário: Quinta, dia 14/12, às 19h. Reprise: Terça, dia 19/12, às 13h30.

Classificação: Livre

Direção: Alexandre Derlam

Sinopse: Um time de bairro, formado por funcionários de uma indústria, conquistou de forma invicta o Campeonato Gaúcho de 1954. Este é o tema do documentário dirigido por Alexandre Derlam, que narra o histórico título do Grêmio Esportivo Renner.

O jornalista Ruy Carlos Ostermann recupera a trajetória mítica do time de operários que deixou para trás os tradicionais Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e Sport Clube Internacional. A equipe tinha os moldes de clube-empresa, em que muitos jogadores eram funcionários das diversas fábricas do grupo Renner. Durante várias décadas, o Renner foi o único time a ganhar o campeonato estadual de futebol, além da dupla Gre-nal. Essa marca só seria quebrada no final da década de 1990, por Juventude e Caxias.

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“VAI GUARULHOS – O FILME” (2016) (73’)

Horário: Quinta, dia 21/12, às 19h. Reprise: Terça, dia 26/12, às 13h30.

Classificação: 12 anos

Direção: Fabricio Gallinucci

Sinopse: Guarulhos é a segunda maior cidade de São Paulo, perdendo apenas para a capital do estado. No futebol, no entanto, o município nunca conseguiu alçar os mesmos voos dos muitos aviões que desembarcam no maior aeroporto do país. Há apenas uma agremiação no lugar, a Associação Desportiva Guarulhos, um clube de mínima expressão que amarga mais de meio século de temporadas na quarta e última divisão do campeonato estadual. O documentário de Fabricio Gallinucci acompanha a luta do time em busca de uma vaga para a terceira divisão do torneio, mostrando a dedicação dos funcionários, jogadores e torcedores pela camisa azul e vermelha.

A câmera segue o dia a dia de quem tenta transformar o sonho de ver o time na primeira divisão em realidade. Da arquibancada basicamente vazia, os diretores acompanham a pequena e apaixonada torcida do clube em uma tentativa de apoiar os jogadores. Durante as viagens de ônibus para visitar adversários e as preleções nos vestiários, é possível conhecer a intimidade dos atletas, desde os momentos de descontração, passando pela concentração antes de cada partida e a frustração pelas derrotas. As entrevistas focam majoritariamente na figura do presidente da agremiação, Ricardo Agea, e no futuro mandatário, Fábio Pelissoni. Mesmo com todas as adversidades, eles persistem com o desejo de levar o clube à elite dos gramados brasileiros.

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“ESPÍRITO SANTO FUTEBOL CLUBE” (2013) (30’)

Classificação: 12 anos

Direção: André Ehrlich Lucas e Lucas Vetekesky

Sinopse: Longe dos gramados dos grandes estádios, por onde desfilam craques com salários milionários, um pequeno time capixaba luta para manter suas portas abertas. O Espírito Santo Futebol Clube, da cidade de Anchieta, tem dificuldade para conseguir patrocínio, e seus resultados em campo não são atraentes para formar uma torcida – o clube sofreu goleadas histórias, chegando a levar 14 gols em uma única partida. O documentário de André Ehrlich Lucas e Lucas Vetekesky mostra o cotidiano da agremiação e a luta de seu presidente para manter a bola rolando dentro de campo.

O filme participou de diversos festivais de cinema brasileiro, conquistando o prêmio de melhor curta no Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte – o Forumdoc.bh. Os diretores acompanham de perto a rotina de trabalho do grupo. Enquanto o apaixonado presidente Cacá Stiebler briga para conquistar apoiadores e viabilizar recursos, os jogadores enfrentam treinos pesados e dinâmicas motivacionais para exaltar a moral da equipe. Com muita vontade e pouco incentivo, o filme mostra o poder da paixão brasileira pelo futebol.

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“BARBA, CABELO & BIGODE” (2016) (125’)

Horário: Quinta, dia 28/12, às 19h. Reprise: Terça, dia 02/01, às 13h30.

Classificação: 12 anos

Direção: Lucio Branco

Sinopse: Dizia o antigo senso comum que política e futebol não eram assuntos propícios para discussão. Curiosamente, os dois temas começaram a se encontrar recorrentemente nos acalorados debates recentes da sociedade brasileira nos últimos anos. As entidades supremas do esporte, tanto em âmbito nacional quanto internacional, tornaram-se alvo de polêmicas envolvendo escândalos de corrupção. Há algumas décadas, no entanto, alguns jogadores já alertavam para os problemas dessa ligação. Dentre os atletas mais engajados na causa, destacam-se os nomes de Nei Conceição, Paulo Cézar Caju e Afonsinho, ídolos do Botafogo e da Seleção Brasileira. O diretor Lucio Branco resgata a trajetória desses boleiros e mostra como, há mais de quatro décadas, eles optaram pela desobediência à rigidez do regime militar.

O trio de ídolos alvinegros concede depoimentos esclarecedores e fundamentais para entender os problemas do futebol brasileiro, registrados logo após a fatídica eliminação na Copa do Mundo de 2014, em uma derrota vexaminosa para a Alemanha. O documentário relembra como os megaeventos esportivos – além do torneio entre seleções do velho e violento esporte bretão, o Rio de Janeiro sediou os Jogos Olímpicos no último ano – foram alvo dos protestos populares durante as manifestações de junho de 2013. Os craques lembram como, sob intervenção, o futebol da virada das décadas de 1960 e 1970 beneficiava apenas a imagem pública dos generais e a cartolagem disposta a colaborar com o regime. Portanto, para se entender o presente, é preciso ouvir as vozes do passado, principalmente aquelas que nunca se calaram.

No momento mais repressivo da ditadura militar, Afonsinho, Paulo Cézar Caju e Nei Conceição optaram pela desobediência civil tanto dentro como fora de campo. Por isso, pagaram por isso um preço do qual nunca se arrependeram. A coerência de cada um com sua respectiva trajetória dissidente fala por si. O filme privilegia os depoimentos em primeira pessoa dos seus protagonistas e traz entrevistas com Gilberto Gil – o baiano executa e fala sobre a composição da clássica Meio de Campo, em homenagem a Afonsinho –, Moraes Moreira e Jards Macalé. Flagrantes atuais do trio de craques, seus acervos pessoais de fotos, documentários consagrados de futebol e filmes de arquivos também consistem em boa parte do material visual da película.

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